четвртак, мај 20

carol...
Que se esconde nas fendas do olhar que a distÂncia só sustenta enquanto máscara...Eterna bem vinda enquanto vivência. Bem vinda enquanto presença.
Meu convite encontra recusa no enorme medo, que tenho de descobrir a moça que me fugiu, medo da felicidade dela, medo de sentir.
Meu refugio é o refugio de todos: palavras soltas encadeadas de forma convincente: o discurso que não serve a vida, mas se fundamenta numa relação com o externo: sou bem sucedido, é verdade.
Mas quem me pergunta se basta, quem me questiona o obvio...
Sou, por detrás do ocúlos , aquele que se recusou a tomar partido. Aquele que desistiu de julgar. Desistindo, sem saber, de sonhar...Sou quem vê o caminhar inútil. Que perdeu o gozo pela descoberta, pelo novo que talvez nunca seja.
Mas sou, sobretudo, o que deve ser negado. Pois ainda sei que o que há de se saber é sonho, utopia, desvario. Ainda que me encontre preso à redes que me ateêm ao "real". Sei que existo para provar que é necessário o impossível,que é possível o outro, a diferença enquanto encontro, não como desprezo.
Se não para mim, para vocês: a entrega ao convite sem clausulas de segurança, sem acordos prévios. O convite ao infinito, ainda que se configure como um ir à esquina.
Aqui diz que a vida não pode ser breve a ponto de conter a grandiosidade de nossas ilusões.

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