Um amador, um pouco ingênuo, perguntou um dia para Victor Hugo.
- Mestre, é muito difícil fazer versos?
- Não, respondeu o poeta com doçura, é muito fácil ou impossível.
понедељак, јул 26
недеља, јул 25
Espero que ela me ligue...horas,dias,semanas,meses até.
Então: ouço sua voz aguda, afiada como arma branca.Me contenho,me sustento, me atenho.
COntinuo seguro.E seco.
E sigo.
E falo do alto experiência que,se tive,não me importa. COnto dos sonhos que desprovi de emoção para viver melhor. Conto dos contos, de tudo que um dia sempre quis escutar e ninguém me falou,ou ainda de tudo que sempre quiseram dizer-me e nunca fui disposto a escutar.
Até rio um pouco disto tudo.
Então desligamos:não disse o que deveria,sei bem.
Nada mudou. E de alguma forma,
isso é a melhor coisa que tem acontecido.
Então: ouço sua voz aguda, afiada como arma branca.Me contenho,me sustento, me atenho.
COntinuo seguro.E seco.
E sigo.
E falo do alto experiência que,se tive,não me importa. COnto dos sonhos que desprovi de emoção para viver melhor. Conto dos contos, de tudo que um dia sempre quis escutar e ninguém me falou,ou ainda de tudo que sempre quiseram dizer-me e nunca fui disposto a escutar.
Até rio um pouco disto tudo.
Então desligamos:não disse o que deveria,sei bem.
Nada mudou. E de alguma forma,
isso é a melhor coisa que tem acontecido.
O Florir
O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos...
O único olhar sem interesse recebido no acaso
Da estrangeira rápida ...
O olhar de interesse da criança trazida pela mão
Da mãe distraída...
As palavras de episódio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem ...
Grandes mágoas de todas as coisas serem bocados...
Caminho sem fim...
Álvaro de Campos
O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos...
O único olhar sem interesse recebido no acaso
Da estrangeira rápida ...
O olhar de interesse da criança trazida pela mão
Da mãe distraída...
As palavras de episódio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem ...
Grandes mágoas de todas as coisas serem bocados...
Caminho sem fim...
Álvaro de Campos
Rapte-me Camaleoa
Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à-toa
De um quasar pulsando loa
Interestelar canoa
Leitos perfeitos
Seus peitos direitos me olham assim
Fino menino me inclino pro lado do sim
Rapte-me, adapte-me, capte-me
It’s up to me
Coração
Ser querer, ser merecer, ser um camaleão
Rapte-me camaleoa
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas l
Caetano Veloso
Rapte-me camaleoa
Adapte-me a uma cama boa
Capte-me uma mensagem à-toa
De um quasar pulsando loa
Interestelar canoa
Leitos perfeitos
Seus peitos direitos me olham assim
Fino menino me inclino pro lado do sim
Rapte-me, adapte-me, capte-me
It’s up to me
Coração
Ser querer, ser merecer, ser um camaleão
Rapte-me camaleoa
Adapte-me ao seu
Ne me quitte pas l
Caetano Veloso
четвртак, јул 22
среда, јул 21
Cavalo dos Sonhos
Desnecessário, me olhando nos espelhos,
com um gosto de semanas, de biógrafos, de papeis
arranco do meu coração o capitão inferno,
estabeleço clausulas indiferentemente tristes.
Vago de um ponto a outro, absorvo ilusões,
converso com os alfaiates nos seus ninhos:
eles, freqüentemente, com voz fatal e fria
cantam e os males espantam.
Neruda
Desnecessário, me olhando nos espelhos,
com um gosto de semanas, de biógrafos, de papeis
arranco do meu coração o capitão inferno,
estabeleço clausulas indiferentemente tristes.
Vago de um ponto a outro, absorvo ilusões,
converso com os alfaiates nos seus ninhos:
eles, freqüentemente, com voz fatal e fria
cantam e os males espantam.
Neruda
Mais do nunca é preciso estar distraído.
Antes de tudo é preciso esquecer.
MAS: o olhar adentra desperta sufoca enrola enlaça disfarça: caça. E não sossega. E me apetece a falta...Embora aja indícios de que também transbordo em presenças verdes que boiam,desavisadas, nas gavetas mais profundas e embriagadas...
Ah...
desafio constante é errar todo tempo.
infinitamente,intensamente,imensamente: quase labuta diária: esforço pra não me perder num rosto imutável, numa alegria que aquiete.
habitam-me uma convulsão de afetos; invento: traçados,cores,sombras,horizontes e desertos,fugas,explosões,janelas e bares,cortinas, diamantes, estradas,viagens e sucessos.
Antes de tudo é preciso esquecer.
MAS: o olhar adentra desperta sufoca enrola enlaça disfarça: caça. E não sossega. E me apetece a falta...Embora aja indícios de que também transbordo em presenças verdes que boiam,desavisadas, nas gavetas mais profundas e embriagadas...
Ah...
desafio constante é errar todo tempo.
infinitamente,intensamente,imensamente: quase labuta diária: esforço pra não me perder num rosto imutável, numa alegria que aquiete.
habitam-me uma convulsão de afetos; invento: traçados,cores,sombras,horizontes e desertos,fugas,explosões,janelas e bares,cortinas, diamantes, estradas,viagens e sucessos.
уторак, јул 20
Soberbo Golias eunuco
Tua língua é teu Davi
Soubeste tu a imensa a feiura que vejo
Pararia com todo o gracejo
Não te contentas em existir
Tagarelas o que ninguém quer ouvir
Entediante serpente branca
Nem ao menos tem o gracejo nas ancas
Me estorce versos forçados
Mas diante de robusta ignorância
Não poderia um critico ficar calado
Rocha Mattos
Tua língua é teu Davi
Soubeste tu a imensa a feiura que vejo
Pararia com todo o gracejo
Não te contentas em existir
Tagarelas o que ninguém quer ouvir
Entediante serpente branca
Nem ao menos tem o gracejo nas ancas
Me estorce versos forçados
Mas diante de robusta ignorância
Não poderia um critico ficar calado
Rocha Mattos
понедељак, јул 19
недеља, јул 18
Às Vezes
Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
Álvaro de Campos
Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...
Álvaro de Campos
субота, јул 17
Na Batucada da Vida
No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundo
Da orgia
De noite, teve samba e batucada
Que acabou de madrugada
Em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça
Bem puxado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci olhando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia
Despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa
Desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
E que eu não tenho nada, nada
E por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmulambando
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida...
Ary Barroso
No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundo
Da orgia
De noite, teve samba e batucada
Que acabou de madrugada
Em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça
Bem puxado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha no capacho na porta dos enjeitados
Cresci olhando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia
Despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me soltou na rua à toa
Desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
E que eu não tenho nada, nada
E por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmulambando
Seguirei sempre cantando
Na batucada da vida...
Ary Barroso
Hoje eu acordei sem Ter dormido. Sinta-se imprestável e veja:
Imprestável para tudo. Não tive vontade de viver. Então fiquei por aqui mesmo.
Não estar em nenhum dos lados.
Quero abortar e começar de novo. Meu corpo comporta dores indizíveis:a mente vai além do cerebro. Às vezes penso que em meu estômago está minha maior expressão de sensibilidade:lá moram meu nojo e minha angústia.
E em minhas veias corre qualquer coisa sem cor.Faz-me contorcer,em convulsão, transtornado.Cheio de naúsea e horror.
... (sou uma lâmpada que já veio queimada.)
è o nada. Apenas nada faz sentido: incapaz que estou de inventar
deixo que o nada se mostre sem máscaras.
Ìmpetos que se resumem a
deixar de querer o que nunca se tocou.
A preguiça sempre maior do que eu mesmo.
Imprestável para tudo. Não tive vontade de viver. Então fiquei por aqui mesmo.
Não estar em nenhum dos lados.
Quero abortar e começar de novo. Meu corpo comporta dores indizíveis:a mente vai além do cerebro. Às vezes penso que em meu estômago está minha maior expressão de sensibilidade:lá moram meu nojo e minha angústia.
E em minhas veias corre qualquer coisa sem cor.Faz-me contorcer,em convulsão, transtornado.Cheio de naúsea e horror.
... (sou uma lâmpada que já veio queimada.)
è o nada. Apenas nada faz sentido: incapaz que estou de inventar
deixo que o nada se mostre sem máscaras.
Ìmpetos que se resumem a
deixar de querer o que nunca se tocou.
A preguiça sempre maior do que eu mesmo.
Imenso mundo de escombros
coisas pitorescas e medonhas
AS mais belas ruínas estão em construção
faz muito tempo...
apenas poucos olhos olhos percebem
toda espécie de terremoto
a estalar trincar alicerces mais rijos
poucos ouvidos sentem o som do fluído líquido
a diluir íntimas paredes
algumas peles apenas
tateam o que lentamente se aloja nos vãos,nas margens,
nas sutilezas e nos ardis.
Estão em ruínas as cidades povoadas por ingênuas canduras e
falta de profundidade.
Ao redor de tudo que putrefa
habitam seres com asas.
coisas pitorescas e medonhas
AS mais belas ruínas estão em construção
faz muito tempo...
apenas poucos olhos olhos percebem
toda espécie de terremoto
a estalar trincar alicerces mais rijos
poucos ouvidos sentem o som do fluído líquido
a diluir íntimas paredes
algumas peles apenas
tateam o que lentamente se aloja nos vãos,nas margens,
nas sutilezas e nos ardis.
Estão em ruínas as cidades povoadas por ingênuas canduras e
falta de profundidade.
Ao redor de tudo que putrefa
habitam seres com asas.
уторак, јул 13
Tu inútil séqüito da náusea
Se não serve ao mundo
Se não serve a ti
Se não pretendes servir
Serve a mim
Inspira-me ao ódio cotidiano
Transpira-me de pesar
Faz me ver o débil
Depois de respirar tu
Dormirei em paz com minhas mazelas
Rocha Mattos
..................................
a continuar... da utilidade dos imbecis
Se não serve ao mundo
Se não serve a ti
Se não pretendes servir
Serve a mim
Inspira-me ao ódio cotidiano
Transpira-me de pesar
Faz me ver o débil
Depois de respirar tu
Dormirei em paz com minhas mazelas
Rocha Mattos
..................................
a continuar... da utilidade dos imbecis
Em vão meus passos contornam a cidade submersa na mesmice. Roupas, sorrisos jornais bebidas. Há todas as noites festas em que se celebram este nada absurdo.
A vida é simplesmente trocar 6 por meia duzia.
Todo o resto é desnecessário e supérfluo em um mundo de abundante escassez.
E viva o império da necessidade.
A vida é simplesmente trocar 6 por meia duzia.
Todo o resto é desnecessário e supérfluo em um mundo de abundante escassez.
E viva o império da necessidade.
Desejos
Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
CDA
Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
CDA
понедељак, јул 12
Quasímodo
Ah... corcunda de olhos baixos!
Débil Atlas desesperado por seu trabalho invisível.
O peso de teu mundo é novelo de Penélope.
Se pensas ser trabalho herculano.
Olho para ti sem engano.
Es curvo de medo não de peso.
Rocha Matos
.....................................................
para quem se souber debil
e para quem sabe dos debeis
Ah... corcunda de olhos baixos!
Débil Atlas desesperado por seu trabalho invisível.
O peso de teu mundo é novelo de Penélope.
Se pensas ser trabalho herculano.
Olho para ti sem engano.
Es curvo de medo não de peso.
Rocha Matos
.....................................................
para quem se souber debil
e para quem sabe dos debeis
Ao amigo investigador solene das coisas fúteis...
No espelho
Às vezes quando me olho no espelho
Sinto medo. Medo de mim.
Eu não me conheço
Sou esquisito, sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo
Defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse dá-me de volta quem sou.
Eu rio. Alto.
Assustado e engraçado
Duas longas coisas saindo do corpo:
São braços, pêlos, peles, nariz pontiagudo
Duas orelhas presas na cabeça
Olho os dedos.
Meus olhos me assustam
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Ridícula coisa ali em pé frente ao espelho
Eu me vejo de fora.
Faço abstração mental de que eu nunca vi
Um ser humano e me vejo.
É esquisito.
É realmente esquisito.
Procuro-me no espelho
E não me acho. Só vejo aquilo ali.
Parado. Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantêm em pé.
Ali.
No espelho. Eu sei que não sou aquilo
E o que eu sou, o espelho não pode
me mostrar...
AINDA... eu não brilho...
Ainda...
Raul Seixas
No espelho
Às vezes quando me olho no espelho
Sinto medo. Medo de mim.
Eu não me conheço
Sou esquisito, sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo
Defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse dá-me de volta quem sou.
Eu rio. Alto.
Assustado e engraçado
Duas longas coisas saindo do corpo:
São braços, pêlos, peles, nariz pontiagudo
Duas orelhas presas na cabeça
Olho os dedos.
Meus olhos me assustam
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Ridícula coisa ali em pé frente ao espelho
Eu me vejo de fora.
Faço abstração mental de que eu nunca vi
Um ser humano e me vejo.
É esquisito.
É realmente esquisito.
Procuro-me no espelho
E não me acho. Só vejo aquilo ali.
Parado. Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantêm em pé.
Ali.
No espelho. Eu sei que não sou aquilo
E o que eu sou, o espelho não pode
me mostrar...
AINDA... eu não brilho...
Ainda...
Raul Seixas
недеља, јул 11
Então: chuva. céu vermelho borgonha. Sonoridade estranha, singular, específica: som de chuva.
Gotas esquecidas do retorno necessário, que perdem-se nos trajetos que levam do azul ao verde, e do laranja ao vinho: tonalidades são fluxos de intensidade: flutuações de humor.
Nada mais precisa ser dito:
A chuva é o céu transbordando.
Gotas esquecidas do retorno necessário, que perdem-se nos trajetos que levam do azul ao verde, e do laranja ao vinho: tonalidades são fluxos de intensidade: flutuações de humor.
Nada mais precisa ser dito:
A chuva é o céu transbordando.
Amo uma moça de felicidade curta, repentina, sem perdão.Passos leves de bailarina. É agradável, não transpira. Sua fala é tão dolorosa...sua sensualidade é uma lasciva melancolia: tão vigorosa, tão terrível, tão seca. o que a aborrece, abate com a espada. Dona de um otimismo infame, mas sereno. Gosto corrompido, inalcansável.Incansável. Tudo que sai de seus lábios me conduz rapidamente ao abismo. Risada picante de cascável. Ah! Não é pouco seu talento na arte de chamar à vida os semi-mortos.
петак, јул 9
четвртак, јул 8
Tu Tens um Medo
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos
Humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
... E tudo que era efêmero
se desfez.
E ficaste só tu, que é eterno.
cecília Meirelles
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos
Humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
... E tudo que era efêmero
se desfez.
E ficaste só tu, que é eterno.
cecília Meirelles
среда, јул 7
me tem surgido poesia quinzenais... agora so de sentimento, como esta, que se não tem forma e rima desesaveis, ultrapassa desaejos no sentir...
Ali
Onde o tempo não anda
(Meio a amenidades maiores que vidas)
Tenho saudades do sorriso franco
Da conversa branca
Tenho saudade da menina
Que lá pelas tantas
Fez o tempo que passou
Nunca passar de mim
(A Vanessa)
Costa Ávila
Ali
Onde o tempo não anda
(Meio a amenidades maiores que vidas)
Tenho saudades do sorriso franco
Da conversa branca
Tenho saudade da menina
Que lá pelas tantas
Fez o tempo que passou
Nunca passar de mim
(A Vanessa)
Costa Ávila
Tá aí um bom texto a ser visitado em tempos de fim de semestre...
É muito breve a vida dos ocupados [...]
A vida divide-se em três períodos: o que foi, o que é e o que há de ser. Destes, o que vivemos é breve; o que havemos de viver, duvidoso; o que já vivemos, certo. [...]Eis o que escapa aos ocupados, pois eles não têm, tempo de reconsiderar o passado, e, mesmo se o tivessem, ser-lhes-ia desagradável a recordação de uma coisa da qual se arrependem. [...] É próprio de uma mente segura de si e sossegada poder percorrer todas as épocas de sua vida; mas o espírito dos ocupados, tal como se estivesse subjugado, não pode voltar sobre si mesmo e se examinar. Portanto sua vida se precipita num abismo[...]. É extremamente breve a vida dos que esquecem o passado, negligenciam o presente e receiam o futuro; quando chegam ao termo de suas existências compreendem tardiamente que estiveram ocupados em nada fazer.
Portanto anseiam por uma ocupação qualquer, e todo intervalo de tempo entre duas ocupações lhes é um fardo. [...] A espera de qualquer coisa por que anseiam lhes é penosa, mas aquele instante que lhes é grato corre breve e rápido e torna-se muito mais breve por sua própria culpa, pois passam de um prazer a outro e não podem permanecer fixos num só desejo[...]. Perdem o dia na espera da noite, a noite, de medo da aurora.[...] Em meio a grandes labutas, conseguem o que desejam e ansiosos conservam o que conseguiram; entretanto não têm consciência de que o tempo nunca mais há de voltar. Novas ocupações seguem-se às antigas , a esperança suscita esperança; a ambição, ambição. Não procuram um fim às misérias, mas mudam de assunto.
Tendo aquele obtido os cargos com que tanto sonhava, deseja abandoná-los e repete incessantemente: “Quando este ano passará?”
( Sêneca, Da brevidade da vida )
É muito breve a vida dos ocupados [...]
A vida divide-se em três períodos: o que foi, o que é e o que há de ser. Destes, o que vivemos é breve; o que havemos de viver, duvidoso; o que já vivemos, certo. [...]Eis o que escapa aos ocupados, pois eles não têm, tempo de reconsiderar o passado, e, mesmo se o tivessem, ser-lhes-ia desagradável a recordação de uma coisa da qual se arrependem. [...] É próprio de uma mente segura de si e sossegada poder percorrer todas as épocas de sua vida; mas o espírito dos ocupados, tal como se estivesse subjugado, não pode voltar sobre si mesmo e se examinar. Portanto sua vida se precipita num abismo[...]. É extremamente breve a vida dos que esquecem o passado, negligenciam o presente e receiam o futuro; quando chegam ao termo de suas existências compreendem tardiamente que estiveram ocupados em nada fazer.
Portanto anseiam por uma ocupação qualquer, e todo intervalo de tempo entre duas ocupações lhes é um fardo. [...] A espera de qualquer coisa por que anseiam lhes é penosa, mas aquele instante que lhes é grato corre breve e rápido e torna-se muito mais breve por sua própria culpa, pois passam de um prazer a outro e não podem permanecer fixos num só desejo[...]. Perdem o dia na espera da noite, a noite, de medo da aurora.[...] Em meio a grandes labutas, conseguem o que desejam e ansiosos conservam o que conseguiram; entretanto não têm consciência de que o tempo nunca mais há de voltar. Novas ocupações seguem-se às antigas , a esperança suscita esperança; a ambição, ambição. Não procuram um fim às misérias, mas mudam de assunto.
Tendo aquele obtido os cargos com que tanto sonhava, deseja abandoná-los e repete incessantemente: “Quando este ano passará?”
( Sêneca, Da brevidade da vida )
O nascimento do prazer
O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere
sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida -
e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom -
como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte, é a vida incomensurável
que chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos -
pois é a vida nascendo. E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor,
em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele é nós
Clarice Lispector
O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere
sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida -
e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom -
como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte, é a vida incomensurável
que chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos -
pois é a vida nascendo. E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor,
em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele é nós
Clarice Lispector
недеља, јул 4
Tudo era parado.Poça lodosa encalhada a tempos... Triste e feio e cinza. Mas sabia de tudo que dizia respeito a minha feiura e a do mundo. Agora:tudo ainda é triste. E tenho que lidar com um vulcão raivoso dentro de mim, flamejante truculento devorador de mim...
Vazio
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua
Vinícius de Moraes
Vazio
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua
Vinícius de Moraes
Tudo era parado.Poça lodosa encalhada a tempos... Triste e feio e cinza. Mas sabia de tudo que dizia respeito a minha feiura e a do mundo. Agora:tudo ainda é triste. E tenho que lidar com um vulcão raivoso dentro de mim, flamejante truculento devorador de mim...
Vazio
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua
Vinícius de Moraes
Vazio
A noite é como um olhar longo e claro de mulher.
Sinto-me só.
Em todas as coisas que me rodeiam
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade.
A noite alta me espia pela janela
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio
Olho as coisas em torno
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam.
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido
Tudo é deserto, minha alma é vazia
E tem o silêncio grave dos templos abandonados.
Eu espio a noite pela janela
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase.
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias
E eu penso que amanhã...
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande
E foge do gato cinzento.
Eu espio a noite maravilhosa
Estranha como um olhar de carne.
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto
Perco-me por momentos em antigas aventuras
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua
Vinícius de Moraes
Mangueira teu cenário é uma beleza
Que a natureza criou, ô...ô...
O morro com teus barracões de zinco,
Quando amanhece, que esplendor,
Todo o mundo te conhece ao longe,
Pelo som teus tamborins
E o rufar do teu tambor, Chegou, ô... ô...
A mangueira chegou, ô... ô...
Ó Mangueira, teu passado de glória,
Ficou gravado na história,
É verde-Rosa a cor da tua bandeira,
Pra mostrar a essa gente,
Que o samba, é lá em Mangueira !
eco! chegou a mangueira. Ensaio da verde rosa na cidade. Coraçao pulsa igual tambor.
ai...
Que a natureza criou, ô...ô...
O morro com teus barracões de zinco,
Quando amanhece, que esplendor,
Todo o mundo te conhece ao longe,
Pelo som teus tamborins
E o rufar do teu tambor, Chegou, ô... ô...
A mangueira chegou, ô... ô...
Ó Mangueira, teu passado de glória,
Ficou gravado na história,
É verde-Rosa a cor da tua bandeira,
Pra mostrar a essa gente,
Que o samba, é lá em Mangueira !
eco! chegou a mangueira. Ensaio da verde rosa na cidade. Coraçao pulsa igual tambor.
ai...
Instalados numa fenda temporal aberta por um acaso feliz.Entre a tradição e a modernidade:poesia entrecortada pelo barulho do trem que que como um pêndulo vai do nada ao lugar nenhum... Um sábado quente cravado no inverno. Uma tarde incomensurável, intensa e leve.
Rostos cambiam a medida que a embriaguês se aconchega, e repousa; desmanchando e diluindo qualquer petrificação insossa.Em um tempo desmedido, que adentra a noite sem pedir licença...convite feito aos que querem experimentar o insólito, e sabem ver a graça de continuar querendo.
Rostos cambiam a medida que a embriaguês se aconchega, e repousa; desmanchando e diluindo qualquer petrificação insossa.Em um tempo desmedido, que adentra a noite sem pedir licença...convite feito aos que querem experimentar o insólito, e sabem ver a graça de continuar querendo.
субота, јул 3
четвртак, јул 1
Se o disfarce revela
e tudo que vela desvela
velarei por mim
o meu resguardo
a vida é fenomenologia
o que mostro escondo
o que mascaro abro
e me ver é apenas olhar na fechadura
mergulhar nas fendas
dar conta de que
em cada sorriso há lagrimas
em toda dor beleza
na ira encanto
eu, eu mesmo em vários planos
Eu meu ser e seus vários contras...vários não seres, todos.
Chama cinza e azul
InsistÊncia efêmera. festa eterna. Embriaguês. Pressa. arranjos arranhos floridos. Amarelos, vermelho, laranja, violeta, azul verde.
Insônia. vontade. batata frita. Multiplos desejos. Beijos, Intuição. Descrença. Prazeres e sonhos. Lua e estrela.Presente anel de hippie. Vida breve. faz dez anos. Foi ontem. Atravessada por feridas. Sangram...
e tudo que vela desvela
velarei por mim
o meu resguardo
a vida é fenomenologia
o que mostro escondo
o que mascaro abro
e me ver é apenas olhar na fechadura
mergulhar nas fendas
dar conta de que
em cada sorriso há lagrimas
em toda dor beleza
na ira encanto
eu, eu mesmo em vários planos
Eu meu ser e seus vários contras...vários não seres, todos.
Chama cinza e azul
InsistÊncia efêmera. festa eterna. Embriaguês. Pressa. arranjos arranhos floridos. Amarelos, vermelho, laranja, violeta, azul verde.
Insônia. vontade. batata frita. Multiplos desejos. Beijos, Intuição. Descrença. Prazeres e sonhos. Lua e estrela.Presente anel de hippie. Vida breve. faz dez anos. Foi ontem. Atravessada por feridas. Sangram...
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