уторак, јун 19

Se o discurso falasse por todos sujeitos, e se eu finalmente me visse passar.Quando o chão desfizesse-se, e nada houvesse que não a bela queda. Se falar com todos os eus não fosse ainda falar sozinho, e se o falar com os outros fosse outro que não compartilhar solidão.
Se esse Outro não fosse mais do que uma invenção. E que sua ausência pudesse nunca ser precedida da presença que objetiva eu e ele. Se apenas os indícios.
a questão seria ficar entre o traço e o rastro. o ser e não-ser deslocados num sonho que outro não poderia realizar. A escolha como estado de espírito e fuga.
mergulho pra dentro
mas do dentro do entorpecer, que já sempre é transbordar.

уторак, јун 12

"A coquetterie é uma atitude religiosa,
a elaboração de ritos
em que se exalta o fútil.
Mas a frivolidade deixa revelar a essência:
a paixão pelo pormenor exprime o
desregramento do amor e do ódio
- e é o excesso que acaba por nos fazer sorrir."

Não, eu não me importo em estar sozinho, hoje
por
aqui
agora.

Eu? Sozinho? Não me acuso em tal per-missão..

Disso tudo, disso disso, de estar sozinho, pode estar inter-dito uma chamada
uma recompensa
um reembarque (porque estamos terminantemente transitando)
para o meu próprio lugar,
que não é aqui,
nem acolá.

Aonde será?
O meu? O eu?
E o embarque? Algum lugar?

Empazinado de um salgado mal comido (bem dormido), olhei hoje mais alguns apartamentos. Nada, nada nada. Nada que prestasse. Há que se ter algum fio, esperança, sentido; preciso, então, me fio, no que me confia, e por aí-lá vou eu, sair, novamente, à procura, amanhã.

Sinto saudade de você, e talvez tenha saudade de mim mesmo, de você, e de mim, do trânsito (não do tráfego), do embarque e do desembarque. Aí-aqui-e-já-lá-já-já gosto de você, em trânsito, daqui e daí. Simples

Assim.

понедељак, јун 11

"esse jeito anfíbio de ser me favorece. sei a gíria e um tanto da poesia que essa geração tem em todos os seus fliperamas, seus beatles, seus ácidos. essa literatura me interessa, essa que sai de dentro das páginas e flana nas esquinas, joão do rio, literariamente. nada muito claro. foi lendo Oswald, presente do Charles, que alguma coisa acontece no meu coração. era aquilo, aquele corte seco, garrincha, um humor rápido, gaiato. ou teria sido goddard? o choque. ou seria joão gilberto, nada além do estritamente necessário. desafinado. ou Caetano, me quebrando por dentro e por fora. tão lindo. sei lá. as influências são difíceis de deterctar. onde é a literatura na cabeça da gente??? na janela dum ônibus? num lance?"
Chacal

среда, јун 6

Eu fico.
como se eu pudesse instaurar um ponto, e deixar que o mundo se vire e re-vire. polêmica, dissenso, debate. Eu tenho-sinto-desperto tudo que preciso. Crio os furacões a minha volta. vou pra rua e bebo a tempestade. No horizonte, algumas pessoas se foram. Outras chegaram. E algumas estão aqui mesmo não estando. São tantas.
Essa coisa de saudade faz a gente ver de outra perspectiva quem está perto. Só quero a insolência. E nunca esse ressentimento calado, essa fragilidade travestida de afastamento.
Escrever também põe a gente em outra perspectiva. como uma viagem interna. um porre. um desorganizar inconcluso. vôo de uma abstração profundamente concreta. E no fim de tudo apenas aquela sensação de que entre uma palavra e outra, um trago e outro, um desentendimento e outro, eu fico.
Um dia, quando eu for bem velhinha, vou entender essa gente que não gosta de confusão...