среда, мај 26

Acordo e vejo ao longe. As certezas dissolvidas enfeitam minhas lembranças como brevidades mal resolvidas. Procuro inutilmente sensações, mas nada resta em minhas memórias a não ser cansaço. Amo a mulher que está a meu lado(?): não a reconheço. Não vejo em seus olhos mais vida do que numa pedra. Os dias dos anos que vivi são exageradamente iguais, repetições estúpidas de problemas imaginários. Onde em minha história estão as festas, as lágrimas, os sorrisos, os abraços? Vida sem poesia. Não fui capaz de viver meus amigos, não fui capaz de compartilhar porres, não fiz ninguém triste ou feliz por um instante sequer. As lamúrias de um velho novo estederiam-se pela madrugada, se eu não tivesse ensurdecido todos que chegaram até mim. Viver assim é desperdício?

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