среда, март 31

vou almoçar!
estou com uma fome tremenda! tem milenios que so como pizza. almoço no bandeijao daqui, que se chama menza e que tem pizza e pasta. quero feijao!!!!!
bia e aline:

vcs sao administradoras desse lugar. (quem diria que a gente seria administradora de algum lugar, hein?). pois somos. e cabe a nos a funçao de convidar aqueles que daqui sentirem vontade de participar. Portanto, basta o seguinte:

quando forem postar qualquer coisa, tem um icone para settings. La tem o icone para members. vai la e tem add team member. e la que se convida.

beijocas
lembra do disco arranhado que nao tocava a musica que a gente queria e que so tocava um pedacinho e droga! porque e que a gente tem que se render a essas coisinhas de metal para ter os infinitos prazeres e entao sopra quem sabe se a gente limpar espera um pouco que toca vamos ouvir ate o primeiro arranhao e vamos cantar o resto!! UFA!! entao, lembraram do que estou falando... ele mesmo, chico buarque, do disco que ficou tempos no carro e que a musica linda estava arranhada. aqui esta ela, na forma de palavra. escutem quando puderem!

Ah, é! : o supracitado disco e o Paratodos.

Tempo e artista
Chico Buarque/1993



Imagino o artista num anfiteatro
Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela

Modelando o artista ao seu feitio
O tempo, com seu lápis impreciso
Põe-lhe rugas ao redor da boca
Como contrapesos de um sorriso

Já vestindo a pele do artista
O tempo arrebata-lhe a garganta
O velho cantor subindo ao palco
Apenas abre a voz, e o tempo canta

Dança o tempo sem cessar, montando
O dorso do exausto bailarino
Trêmulo, o ator recita um drama
Que ainda está por ser escrito

No anfiteatro, sob o céu de estrelas
Um concerto eu imagino
Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito
aline: por que e que vc ta lendo freud e nietzsche? risos...
bia: lindo a montanha magica... sera que a gente descobre como coloca imagem nesse treco?
pessoal:

Por acaso o celular de vcs acusou uma chamada louca, tipo 0000000?
Pois entao: era uma chamada de Roma!!! era eu perdida nessas ruas doida para falar com vcs!
Ta bem, nao faz mal. ligo depois, porque agora gastei o cartao todo... risos...
adoro vcs!
falta um t no Nietzsche.
falta um tanto de mim em mim...
mas sobra também, ou ainda, tudo está tão deslocado, tão nada tão, que nada deve ser...ou nada pode ser mais do que isto é.( Bêbada, escrevendo o texto sobre freud) Viva a boêmia inútil de todo dia!

Sabiá com trevas

Há quem receite a palavra ao ponto de osso, oco;
ao ponto de ninguém e de nuvem.
Sou mais a palavra com febre, decaída, fodida, na
sarjeta.
Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro, envergá-las
pro chão, corrompê-las
até que padeçam de mim e me sujem de branco.
Sonho exercer com elas o ofício de criado:
usá-las como quem usa brincos.

Manoel de Barros

уторак, март 30

Mais cotidianos...
Projeto: Freud...
Mafalda, Freud...
Joyce ( às vezes...pq o descontrole fica próximo)
Niezsche e todas as metafóras...
Alguns poetas ao léo... freud.
Discussões boas sobre adestração ( pode chamar de ensino primário, se quiser)
dias lindos de outono.
papos pretensiosos sobre o futuro que nem me importa agora. Uma vontade de Rio, profunda intensa desconcertante....cafés ( contra-bodação)
Ps: chico, por que lembrei-me que amanha irei a fafich ver dona heloísa falar...MAs acho que é sobre clube da esquina. até.

Mar e Lua


Amaram o amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar

chico buarque.
Cotidianidades...
ai, ai. Acho que só por agora começo a sacar como será a rotina deste semestre. AS aulas na Fae de manhã são agradáveis apesar de todo o horror preconcebido... um menino lindinho desvia meu pensamento sempre que algum absurdo desponta da moçada das exatas...Hoje ( finalmente o Bruno foi a aula...) ficamos um tempo observando a linda vista q rola na Fae e pensando na boa vida boa de todo dia...
Eu e bruno de ótimo humor.
Poesia doLeminski, já
que pretendo devolver o livro do Alex hoje.

Beijos e saudades...


Oração pela descrença

senhor,
peço poderes sobre o sono,
esse sol em que me ponho, ]
a sofrer meus ais aou menos
sombra, quem sabe, dentro de um sonho.
Quero forças para o salto
do abismo onde me encontro
ao hiato onde me falto
Por dentro de mim, a pedra,
e, aos pés da pedra,
essa sombra, pedra que se esfalta.
Pedra, letra, estrela à solta,
sim, quero viver sem fé,
levar a vida que falta,
sem nunca saber quem é.
espero os vestigios amanha!

beijos,
cambio
como e que coloca imagem nesse negocio?
alguem tentou descobrir?


por aqui ando querendo tudo. mas uma vez me atiro em dilemas incomprienssiveis e depois vou comer chocolate... risos...

bibliografia:
drummond, hilda hilst, clarice.
Estou lendo Euclides da Cunha para a faculdade e dizem que depois vem Guimaraes. sera?

e vcs? me mandem coisas do cotidiano... como foi essa festa? como andam os coraçoes?

eu? estou insistentemente apaixonada.
que saudade, gente....
dor nova essa. outros oculos para os velhos olhos...
amo vcs.

Poema que aconteceu


Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.


A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.

CDA
Drummond! Drummond!!

estou lendo drummond - nostalgia concedida de saudades das gerais... enfim, e preciso ler drummond. quem puder, leia sorvete de abacaxi. E um conto que esta no Contos de aprendiz.

vou para a aula e daqui a pouco volto e escrevo... beijos
ola!
andei sumida um pouco, e verdade. internet ruim, so isso.
deixo de lado os lamentos e parto para as observaçoes:
- entorpecentes no estrangeiro tem efeito potencializado. (ou sera que eu que inventei isso para justificar essa maluquice?) what ever, ando um pouco tonta.
- italianos sao bem humorados. talvez seja essa a melhor caracteristica desse pessoal daqui...
- a imagem do brasil no estrangeiro e divertida. ando mentindo um pouco (entre mentira e verdade existe apenas uma diferença de angulo, certo?) para manter essa imagem veramente encantada.

delicia da lingua!:

veramente e usado como quantidade!! ou seja, uma coisa e mais, menos, mais ou menos verdade!
Carol...hoje vi a Iara, outro dia via a Marcela... Quando as vi, te vi um pouco...sei que elas te viram também em mim...( alíás, tenho certeza, por que tomei emprestado essa percepção da Iara) Beijos! E muitas saudades...
Pessoas, não se esqueçam que vivemos no caos: as abelhas bebem Fanta!
E de tudo isso que somos nada se concluí. Somos apenas pedaços unidos pelo acaso...sem sentido nem tempo, nem nada... de tudo o que resta é sempre sonho, gosto de quero mais, mais e mais...não há satisfação. Só
fome...ânsia, angústia. Preciso do contato com corpos e almas....

Ps: este poema é um presente pra para os seres vivantes.
POEMA XVIII

Os dias não se descartam nem se somam, são abelhas
que arderam de doçura ou enfureceram
o aguilhão: o certame continua,
vão e vêm as viagens do mel à dor.
Não, não se desfia a rede dos anos: não hà rede.
não caem gota a gota de um rio: não há rio.
O sonho não divide a vida em duas metades,
nem a ação, nem o silêncio, nem a virtude:
a vida foi como uma pedra, um só movimento,
uma única fogueira que reverberou na folhagem,
uma flecha, uma só, lenta ou ativa, um metal
que subiu e desceu queimando em teus ossos.
Neruda

понедељак, март 29

saudade! saudade! saudade!

acordei bem, final de semana cheio de delicias misturadas. escrevo direito amanha, da faculdade.

beijos beijos beijos
meninas!
a internet aqui e uma lastima! entrei no messenger (o que ja foi uma surpresa!) e la estavam vcs! oba!!
mas o computador so me deu o gostinho de falar com vcs: travou!

недеља, март 28

A realidade é obscena. Sistema delirante. Deixa-se penetrar por todos os poros e orifícios. Dilui cada certeza, dissolve cada existência, se mistura, corrompe as regras dos jogos. Irresistível, apaixonante, torpe. Ardor sem medida, vida sem limite...(Basta um som e tudo pode ficar para depois)

"O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite..."
Chico Buarque



Me digam se há algo pior: ter que fazer relatório final em uma tarde linda de domingo, de ressaca, e ainda sem nenhum amigo on line para trocar futilidades sentimentais...help!
Carol...Bruninho...Bia...
Vcs ficam num intervalo preenchido por ecos. Ecos virtuais.Ainda não dormi. Estou com uma mania de vir direto a net depois da noite. Registrar impressões ainda bêbadas.Estou farta de sobriedade escrita. Noite boa... dançei até minha vida melhorar... tudo desconhecido a minha volta... Bem, nem tudo. Não importa...café da manhã na padaria: água com gás e algum café pra voltar a raciocinar... Viajar pra chegar... Dormir daqui a pouco para relatoriar até o fim... E vcs
Beijos...
Esperando mais tarde chegar... e tanto faz,agora ou depois, é apenas uma configuração da mesma angústia, do deslocar, da falta de lugar...Afinal, sábado; só um sábado... festas pessoas bebidas e aleatórios.


Nada me prende a nada.
Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?



A. campos.

субота, март 27

Uma vez mais volto a sentir esta immpressão, não muito nova, nem para mim, nem para o mundo, produzida pelo caráter transitório e efêmero dos pensamentos, das sensações e dilemas do homem; isso tudo, de alguma forma, me afeta mais do que as vicissitudes da vida real. A auto-incerteza, povoa meu mundo em constante desabar...Ela, (Cecília) tem mais sem-noções do que eu para a falta de noções.

Noções


Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.


Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que
a atinge.


Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se
encontram.


Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.


Ó meu Deus, isto é a minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e
precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e
inúmera...

петак, март 26

Amanhã terá saral fafich...
Irei somente em poesias, meu corpo, meus olhos, minha mente estão profundamente sedento de novas sextas feiras... todos meus eus estão celebrando a boÊmia da vida do estranho. Sedução das noites que não prometem nada... sorriso desconhecido que levitará fulgaz e escorregadio... e desaparecerá suavemente como apareceu... leve, leve, me leve, leve-me...
Caetano Veloso para vcs!

Menino Deus

Menino Deus
Um corpo azul dourado
Um porto alegre é bem mais que um seguro
na rota das nossas viagens no escuro
Menino Deus
Quando tua luz se acenda
a minha voz comporá tua lenda
e por um momento
haverá mais futuro do que jamais houve
Mas ouve a nossa harmonia
A electricidade ligada no dia
em que brilharias por sobre a cidade
Menino Deus
Quando a flor do teu sexo abrir as pétalas para o universo
então por um lapso se encontrará nexo
ligando breus
dando sentido aos mundos
e aos corações sentimentos profundos
de terna alegria
no dia do Menino Deus.

четвртак, март 25

convite a todo mundo:

se quiser escrever aqui, sera bienevenuto. mande e-mail para a aline ou para mim que a gente manda o invitation.


Bruno? Bia?

cambio
tava aqui toda tristinha e olha que lindo que encontrei:

O mundo é grande


O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Carol: desejo vence o tédio, e a tristeza...
O blog: lugar do contra-exemplo:a vivacidade o paradoxal, inesperado, heterogêneo, o disperso e o dissenso; reconhecimento e desconhecimento. Intertextual e intersubjetivo, interativo, intersexual, internacional. POtência, vida!!...

Fresta

Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado

Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.

Pessoa
Uma bela manhã em BH...O azul brinda minhas incertezas com ar de quem não está nem aí; uma luz irradia e dissipa, simultaneamente, os medos e amores de todos minutos; uma brisa agradável faz circular idéias.... Neste momento sou esta manhã.

Quando

Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.
Álvaro de Campos
O Poeta Inventa Viagem, Retorno e Morre de Saudade


Se for possível, manda-me dizer:
- É lua cheia. A casa está vazia -
Manda-me dizer, e o paraíso
Há de ficar mais perto, e mais recente
Me há de parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
E dos meus pés molhados, manda-me dizer:
- É lua nova -
E revestida de luz te volto a ver.

Hilda Hilst

Como disse, e insisto, estou lendo hilda. trago para ca esses socos diarios:

"Quando as escrevi nao bebi uma so gota. Algum gaiato dira: bebeu milhares. Nao. E espero que alguns raros tenham compreendido que e de uma outra embriagues, de um fervor descomedido, o roteiro voluptuoso destes versos. E triste explicar um poema. E inutil tambem. Um poema nao se explica. E como um soco. E, se for perfeito, te alimenta para toda a vida. Um soco certamente acorda e, se for em cheio, faz cair tua mascara, essa frivola, repugnante, empolada mascara que tentamos manter para atrair e assustar. Se pelo menos um amante da poesia foi atingido e levantou de cara limpa depois de ler minhas esbraseadas evidencias liricas, escreva apenas isso: fui atingido. E ai sim vou beber, porque ha de ser festa aquilo que na Terra me pareceu exilio: o oficio de poeta"
sobre os poetas:

- estou lendo hilda.
- um pouco de drummond todos os dias me faz lembrar das gerais.
- o amor trouxe um livro lindo ate as minhas maos. dele nao sei falar (do amor, do livro, do amor pelo livro.)é da clarice, chama Cidade Sitiada. Fica o convite.
aline! que bom te ler aqui. bia? cade vc? Bruno?
Ai...tantos dilemas preenchem o imenso que me torno na presença do estranho...O bizarro me abordou hoje ao chegar a Fafich:( o factual não importa) os loucos! Viva os loucos! não por que se apaixonam por mim...mas por que se apaixonam sem se preocupar com a pertinência, que sonham com o sim quando o não é obvio; que se apaixona pelo improvável... que riem de si mesmo (espero). Ai...Como não ser leviana nestas horas...
Todo esse excesso de mim...Fica cravado nos espelhos cotidianos...Todo o excesso de vocês, Vira-vida, e se desloca derramado no improvável múltiplo...E mais azul-poesia!

BRINDE NO BANQUETE DAS MUSAS
Poesia, marulho e náusea,
poesia, canção suicida,
poesia, que recomeças
de outro mundo, noutra vida.

Deixaste-nos mais famintos,
poesia, comida estranha,
se nenhum pão te equivale:
a mosca deglute a aranha.

Poesia, sobre os princípios
e os vagos dons do universo:
em teu regaço incestuoso
o belo câncer do verso.

Azul, em chama, o telúrio
reintegra a essência do poeta
e o que é perdido se salba...
Poesia, morte secreta
C D A
Olhares incautos...palavras penetrantes...profundamente me envolvo. Nem para sempre, nem para tanto... só pela alegria de ser, ou de não ser... A poesia, a vida e meus amigos: encontros, encantos, bobagens e enganos... Que se preserve a vivacidade dos que vivem plenos o instante. Que se conserve a boêmia polissêmica dos que, absortos no outro, vivam a noite como se dia.Poesia sempre!

Vida e poesia

A lua projetava o seu perfil azul
Sobre os velhos arabescos das flores calmas
A pequena varanda era como o ninho futuro
E as ramadas escorriam gotas que não havia.
Na rua ignorada anjos brincavam de roda...
– Ninguém sabia, mas nós estávamos ali.
Só os perfumes teciam a renda da tristeza
Porque as corolas eram alegres como frutos
E uma inocente pintura brotava do desenho das cores
Eu me pus a sonhar o poema da hora.
E, talvez ao olhar meu rosto exasperado
Pela ânsia de te ter tão vagamente amiga
Talvez ao pressentir na carne misteriosa
A germinação estranha do meu indizível apelo
Ouvi bruscamente a claridade do teu riso
Num gorjeio de gorgulhos de água enluarada.
E ele era tão belo, tão mais belo do que a noite
Tão mais doce que o mel dourado dos teus olhos
Que ao vê-lo trilar sobre os teus dentes como um címbalo
E se escorrer sobre os teus lábios como um suco
E marulhar entre os teus seios como uma onda
Eu chorei docemente na concha de minhas mãos vazias
De que me tivesses possuído antes do amor.

Vinicius de morais

среда, март 24

"Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos."

Tabacaria, do pessoa
meninas, queridas, explico:

cadastrei vcs!!! enviei por e-mail para cada uma...

espero resposta. cambio.
aline? sou eu? sou vc? ah!!!!
"Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos."

Tabacaria, do Pessoa
que venham todos os esteves!!!! temos chocolates!!!

ah, é! : uma das melhores coisas de roma é o corneto de chocolate.
optei pelo classico. caretice? talvez. refundando tradiçao. nao foi atraves dele que tudo começou? entao, brindemos com ele.
(...)

pensando...

como e que escreve o "silencio"?
queridos,
esqueci do importante. veja como e a memoria... POESIA! com o que inaugurar esse lugar?
riririririr...
mandei um convite para eu mesma para ver como funcionava essa coisa. olha o que a maquina me resppondeu:

Your blog invitation to carol_fenati@yahoo.com.br has been accepted by eu mesmo.

risos...
mandei as instruçoes por e-mail....
Hoje acho o mundo engraçado.E sujo. Li hilda hilst e fiquei assim. Simplesmente isso. O mundo e engraçado e sujo porque li hilda hilst. O homem nao tem soluçao, mas e tao desengonçado que tem graça essa putaria. Tudo é mesmo uma grande e bela putaria, nada mais. Tanta gente se fudendo por ai e a gente aqui comendo batata. Mas nao podemos esperar coisa melhor dessa porcaria que é a raça humana. Temos apenas uma salvaçao: rir dessa babozeira toda. E nao é amargo como pode parecer, è so sujo mesmo. Sujo.

Um belo dia Newton descobriu que existia o porco, aquele animal de focinho que parece tomada. Sabe o que ele fez? Batizou o pobre animal com o nome da sua respeitada mae. Isaac tinha um motivo: sua mae sempre o lembrava que era preciso ter medo. Reaçao brilhante: mae e porco se igualam em muitas coisas, inclusive na funçao que assumem.

Va benne, vivemos todos na lama, somos iguais nessa sujeira.

уторак, март 23

sera que vcs conseguiram?
E AQUI MESMO!!!!
risos...
ja nascemos no paradoxo! sei la o que fiz. sei que o endereço da pagina acontece um pouquinho depois desse letreiro. chamamos poesia de tarde no endereço e poesia de manha na pagina. va benne, non lo so!
meninas! que saudade. estou contente pelos encontros de vcs....
a amizade suporta invernos ocasionais, desde que os amigos nao desatem da verdade, diria um amigo, bebado, numa noite qualquer, no bar de alguma esquina.
entao, acho que agora foi. enfim, nao sei se era cedo - ou tarde - para inaugurar esse blog. bom, ta ai. depois podemos criar outros, e entao podemos fundar um movimento, escrever um livro, ou nao fazer nada. enfim, vamos?
sera qu deu certo mesmo?
deu certo!!!!
enfim, inaugurado o ensaio do que depois sera um blog? ou um pensamento?