понедељак, август 30

Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira.
Cecília Meireles

четвртак, август 26

Queridos!
Visitem visitem visitem!

http://www2.uol.com.br/augustodecampos/poemas.htm

среда, август 25

queridos,

escrevo para deixar meu telefone novo. agora em portugal:.00351965607404.
espero telefonemas, rapidinhos, so uns carinhos.

escrevo depois.

beijinhos.


понедељак, август 23

POesia
um soco no estômago: repentino,
abusado, descuidado.
Apaixonante.


Ser

O filho que não fiz
hoje seria homem.
Ele corre na brisa,
sem carne, sem nome.

As vezes o encontro
num encontro de nuvem.
Apoia em meu ombro
seu ombro nenhum.

Interrogo meu filho,
objeto de ar:
em que gruta ou concha
quedas abstrato?

Lá onde eu jazia,
responde-me o hálito,
não me percebeste,
contudo chamava-te
como ainda te chamo
(além do amor)
onde nada, tudo
aspira a criar-se.

O filho que não fiz
faz-se por si mesmo.

CDA
PAsseio pelo zoológico das soberbas humanas, perseguindo um caminho que é somente desvio e atalho: rastro.
As imagens são punhais que atravessam lentamente minhas vísceras. Os dialogos são atropelamentos incontroláveis, incontornáveis.MEus pensamentos, irados e sem modéstia.
Penso na vida daqueles pra quem viver é uma acumulação de sacrifícios; pensei que minha apatia e alcoolismo talvez me tornem uma pessoa mais feliz que a média...bem, como se isso fosse relevante...mas não: sou apático e centrado em mim. Nada me toca, nada me comove.
E tudo tanto faz, amargo ou doce; forte ou fraco; seco ou molhado... as diferenças se perdem na trans-aparência de meus dias.

недеља, август 22

Deixo-me invadir por uma enorme preguiça.
Poucas coisas restam. Repouso o olhar na imensidão que me povoa, ameaçadora, fascinante. A vida sendo às vezes causa tanto encanto que bastaria ver. Aninho-me. Vôo também. Irrompem-me explosões intercaladas por silêncios e perplexidades.

петак, август 20

Com meu espírito longe
minha imagem no espelho tange
reflito o nada
do nada que sou
que despretendo ser
não havendo nada no nada
além de nada
que não carrega rancores nem felicidades
que não pesa nada
que não diz nada
que não pretende nada
que não manda nada
podendo ser tudo num dia de nada
Em algum momento de um dialogo da era pré-informática...

(...)
!...?
?...
...,...

Na idade da pedra Carlos já sabia do que falávamos.

четвртак, август 19

понедељак, август 16

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Se




se

nasce

morre nasce

morre nasce morre

renasce remorre renasce

remorre renasce

remorre

re

re

desnasce

desmorre desnasce

desmorre desnasce desmorre

nascemorrenasce

morrenasce

morre

se



Haroldo de Campos
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субота, август 14

ai que lindo o meu brasil!


de barcelona, saudade na paisagem, vermelha, grande - e serena.
da vontade de voltar nao - e isso quem diz e nos dois aqui. entenderam? nos dois a dois centimetros.

enfim, praga e viena, la longe, e agora nao e hora de retospectivas - talvez nunca seja hora dessa lenga-lenga de sintese - e paris e entao barcelona.

paris, toda girassol, a gente cozinhou, dormiu, sorriu e comeu e quase nao alcancamos o filme de nove e meia. mas tudo bem, toma-se uma cerveja e vai-se dancar.

no mais, saibam que a gente mudou de nome. chamem a gente agora de anne de jolie e jacques blefaux. vcs verao em tela grande.

alias, e verao. da janela, barcelona. na mesa, bacalhau.

ci vediamo dopo.


Gargalhada


Homem vulgar! Homem de coração mesquinho!
Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
Dobra essa orelha grosseira, e escuta
o ritmo e o som da minha gargalhada:


Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!


Não vês?
É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.
Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais,
vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas,
destruir as lâmpadas, abater cúpulas,
e atirar para longe os pandeiros e as liras...


O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.


Mas é preciso ter baixelas de ouro,
compreendes?
— e colares, e espelhos, e espadas e estátuas.
E as lâmpadas, Deus do céu!
E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trêmulas...


Escuta bem:


Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!


Só de três lugares nasceu até hoje essa música heróica:
do céu que venta,
do mar que dança,
e de mim.

cecidilha meireles

петак, август 13

As mãos estão sempre nuas.
Dançam nas bordas no corpo.Regem, recriam,recuperam. Futilidades e desassossegos. Carícias, afagos, dor , estrago.
Moldam o mundo as mãos.
Toque:desperta,
dispersa.
Conduz aos labirintos inauditos
do outro,
do outro.

ursa maior


andarilho de estrelas vasto
como um átomo humano e
coisa indefinida habitante
do mistério e da luz
vou destruindo muros aos
murros e ouvindo
berros de alegria e cansaço
nos cardumes do
aleatório
vivo

Lau Siqueira


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среда, август 11

Fazia-a parecer louca. Em alto tom de voz proibiam o destino de cada um. Você não vai ali, não pode ir sei lá onde. Não isto, não aquilo, não. Um desentender sem fim.Comportamento típico de quem se conhece e não se distingue da mediocridade geral.
A discussão aumenta os decibéis, a música ambiente incentiva as gargantas. A sala se torna pequena. A televisão imprime imagens sem sons as vezes observadas por ele. Ela quase chora, ele aumenta o tom. Ela se recompõe, ele aumenta o tom. O amigo do sofá começa a ver tv sem som. Monólogos, monólogos...
Ela só quer ir aonde quer que ele vá. Ele só quer ir sozinho. Ela só quer que ele vá com ela. Ele só não quer ir. Ela ameaça sair e flertar com outros. Não com palavras claras, mas com entonação. Ele aumenta ainda mais a voz. Por fim decide que cada um deve fazer o que entender. Ela diz que fará novamente com aquela entonação de voz. Ele se irrita, explode, diz que se ela sair no carro de algum idiota qualquer, parecido com ele, que não volte mais. Repete a frase com maior impacto ainda. Ela se cala. O amigo do sofá se cala. Ele se cala. A televisão fala. Uma desculpa qualquer os acalma. Despedem-se e o amigo do sofá pensa em ligar para ele dizendo que ela estava certa, mas é desviado pelo seqüestro relâmpago seguido de morte da tv.
O amor só pode ser descoberto após a fatídica conclusão, obvia por sinal, de que se pode perder a pessoa amada a qualquer momento. Pode-se mais corriqueiramente ainda perder o amor. Pareceu-lhe um argumento um tanto quanto banal, no entanto lembrou-se que banalidades como distorções. E é exatamente a possibilidade constante que move, mais ou menos como uma partícula subatômica ricocheteando em impossíveis. Incontrolando o mundo.

недеља, август 8

Amanheci.Percebi que já estava feito. De nada adiantaria lágrimas ou suspiros. Nenhum sol aquece ou ilumina urdiduras mal feitas na escuridão. Acendam-se os cigarros.
Restava somente um vazio, ânsia de querer ir só mais uma vez...
Restava somente um vazio, que simulteamente angustia-alivia porque nos sussura de relance: tudo poderia ter sido diferente. Mas não.A noite acabou há horas e ainda não encontrei razão pra
voltar
pra casa.
: rastros imperfeitos que, infindavelmente espelham-se uns nos outros,farsantes que são de si mesmos.
De tempos em tempos nos tranformamos em espinhos.
Que se perceba a beleza da gota de sangue que escorre disso...
Não sou razoável.
Pois bem.
O que vejo não é razoável.
O que escuto não é razoável.
o que toco não é razoável.
A vida,enfim, não me parece em nada razoável.

Apenas.
Estou em plena harmonia com o que me cerca.

субота, август 7

queridos,

espero mais noticias da viagem para ouro preto. troquei de e-mail, o novo cabe mais letra, mas o afeto ainda transborda. e o e-mail velho esta constantemente no msn la em roma e ainda por cima comecou a espalhar virus por ai. agora fui para o yahoo.

uma praga de beijos


O Azul
desfez-se em volúpias,
intensidades transcendentais,
fervilhantes vitalidades
que esmagam horizontes
de Alquimia - visíveis com
olhos emprestados de anjo-bébé.
Os partos-de-Essência
acontecem provocados
pela vontade desmedida da
cosmicidade do Azul-infinito
que não existe nas coisas-do-mundo
nem neste vosso-observável Céu.
O que advém da Luz,
sem ser visto por Nós,
seres com medo do Medo do
nada e do escuro,
oculta-se no
Azul-absoluto-total
e é o enigma que existe
nos sonhos-azuis-irradiantes dos
místicos e dos para-deus.

Angelo Rodrigues

четвртак, август 5

Mas há ainda muito por fazer.
Há copos a serem esvaziados. Bares por fechar.Comida por fazer. Corpos a se tocar.
Sim. Muito caminho há entre ( ) e ( ). Entre um termo e outro: diferenças inomináveis, ainda que frias e estúpidas. Diferenças mesmas, enclausuradas, sedentas, jogadas. Há novidades por todos os cantos, em todas as esquinas, becos, calçadas.
A mesmidade da vida se acumula quando se caminha num sentido único.
Eu, por minha vez, transformei-me num sábio colecionador de faltas- de-sentidos.
De cada um sei seu pesadelo. Conheço de todos ânsias e angústias...vivem em mim: domesticadas como devem ser. Adormeço desejos e paixões com uma cantiga de ninar desafinada e tristonha,entoada há muitos séculos pelos semi-deuses que desceram a terra.

среда, август 4

pequeno tratado dos dias em cascata de palavras que o pensamento vem igual suspiro:

roma, puft (ribao cai em roma), piazza, paza, pasta. piazzo, porre, pina, paz, putz.
viena, cafe, capuccino, cult, cardapio, claro, carinho.
praga. ainda nao ganhou uma letra. segundo dia, o outro so foi noite. e agora a gente foi num museu de sexo, todo vermelho. cafica, ca fica, kafka, numa casa amarela, a rua e estreita e ele pensando amplidoes.

estamos bem, vcs tb, vero?


UPOZORNENI!

novo e-mail: cfenati@yahoo.com

entao ta.

уторак, август 3

Sombras, ruídos, olhares, gestos, acenos.Pedras que sobem e descem em traços quadrados e cores e sons e cheiros e ...
Não adianta correr.
Nada irrompe a lentidão das ladeiras incrustadas em nós.
Observada e observadora,dona dos passos que a percorrem.Ouro Preto é uma provocação ou uma ingenuidade...
Ah,não saber...
Afinal,toda afirmação deliberada só pode ser deliberadamente uma invenção: bordar de coisas que somente nós vemos.
Frio.Casaco.Mala.Cachecol azul e algum corre-corre.Rodoviária.café.Patriota.Passas.Grana.Ivana.Juiz de fora: quasena hora ou fora de hora...Encontros vários.Surpresas mornas.Comunicação...voz esganiçada.espataculares micropoderes sobem cabeças de ventos.Cantinas são todas iguais... Adeus anpuh! Rua Halfred.São Jorge Hotel: alta rotatividade por apenas R$10.Festival de música colonial ou jazz esquisito, rssss. Beirute incrementado: chop,chop,chop. Rodízio de Fondue só para os olhos. Café descolado!Muzik:Jazz e conversa fiada.Vodka e cerveja. Cigarros e cigarros.Madrugada na cidade de luzes-bolas flutuantes. Hotel sem janela nem cozinha.Acordar cedo: preguiça e muito frio.Sono.Chá.Ubá Ressaquinha Barbacena Lafaite...Ouro branco...Lavras Novas...
hunmmm: Ouro Preto se oferece dourado e leve, quase sorridente:sorte e sol:Bozo e pé-de-pano:amizade ganha num bater de porta... pequenas histórias.

понедељак, август 2

nao sabia que o amor vai longe assim.