среда, август 31

Adeus Luciano...

1 коментар:

Анониман је рекао...

Passei o meu dia inteiro com o remorso me consumindo, por protagonizar aquele instante patético, como eu já havia previsto. O que há de errado em mim? Melhor, o que fiz de errado? Sou o mesmo que escreve, o mesmo que já passou dias inteiros para tentar exprimir, em tudo que leu, o que sou; condicionado por cada palavra sua. Aline, creio que esperava alguém que lhe dissesse exatamente a coisas que leu, com determinação, olhando em teus olhos... um puto tipo ideal! Não há nada de errado em querer isto. Na verdade, é que todos querem. Merecemos viver tais coisas. Entretanto, estou longe disto. Talvez o ocorrido, e suponho que ele seja a causa do teu "Adeus...", seja uma singularidade a mais desta coisa tão "absurda" que nos envolveu, desse círculo que foge da perfeição habitual das coisas que acontecem em nossas vidas. Digo, em toda a nossa vida. Pergunto a você, e é realmente algo que me perturba, se o que escreve é realmente necessário? Se não é um mero exercício retórico, de uma moça inteligente e que possui sensibilidade, para impressionar os que eventualmente passam por ali, ou correntes de pensamento que emanam de seus dedos suavemente, naturalmente, com sinceridade, daí necessariamente belas? E como não poderiam ser, não é mesmo? Acredito na sinceridade, na sua beleza. Talvez eu tenha errado em querer tomá-las como endereçadas a mim, a partir de um certo momento, mas por que não as querê-las? Como é bom ter a sensação de saber que alguém em algum lugar pensou em mim, escreveu, mesmo que eu fosse um entidade "abstrata" e desculpe o exagero, para mim. A idéia me tomou. Porém, quando li o "Adeus..." foi empurrado com toda violência. Um adeus não é algo que sai por tão pouco, por mais ofensa que eu lhe tenha causado. Uma decisão coerente não dá conta de resolver coisas que não se dão com coerência alguma. Eu não soube lidar com o momento primordial, e não vejo razão alguma de sentir culpa por isso, apesar de passar o meu dia inteiro martirizando-me. A muito não tomava tanto café amargo. O martírio deve ser pelo o fato de eu não ter puxado aquela cadeira, pego em tuas mãos, olhado em teu olhos, que nem só castanhos são, e lhe beijado. O que ainda quero. E sei que também quer. Também não mais vou insistir, não vou mais me ridicularizar, nos termos de Pessoa; se estas palavras não lhe fizerem algum sentindo, outras mais não irão. Duas pessoas que se querem devem se encontrarem, irem até o outro. Por favor, não fuga. Não deixe que morra. Independente do que ocorrer, continuarei a ler o que escreve, a olhar em teus olhos quando cruzar por mim.
Poucas vezes derramei lágrimas por alguém.
Bem que tentei ser áspero, mas não consegui.