среда, јун 23

Ângulo


Aonde irei neste sem-fim perdido,

Neste mar oco de certezas mortas? —

Fingidas, afinal, todas as portas

Que no dique julguei ter construído...





— Barcaças dos meus ímpetos tigrados,

Que oceano vos dormiram de Segredo?

Partiste-vos, transportes encantados,

De embate, em alma ao roxo, a que rochedo?...




Detive-me na ponte, debruçado.

Mas a ponte era falsa — e derradeira.

Segui no cais. O cais era abaulado,

Cais fingido sem mar à sua beira...





— Por sobre o que Eu não sou há grandes pontes

Que um outro, só metade, quer passar

Em miragens de falsos horizontes —
Um outro que eu não posso acorrentar...

Sá Carneiro

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