четвртак, јун 10

Beijou-a com vontade e ternura incotidiana. Ela por sua vez repeliu o docemente, os dentes ainda estavam por escovar. Ele insiste, ela também. Após um breve e infecundo debate sobre a irrelevância do hálito no amor, a plena exclamação ele resolve se abrir.
- Me beije. Vai ser a ultima vez.
No intervale atônito da revelação, que se mostrou friamente cruel na firmeza de olhares:
- Você não vai me ver nunca mais.
Nenhuma palavra fora proferida da boca companheira, então, como em perfeita normalidade, ele continua.
- Decidi morrer.
Situação ridícula. Insólita ao menos. Ela estava perfeitamente convencida que seu parceiro de tantos eus havia se tornado um demente.
- Decidi morrer, e quero levar teu gosto comigo.
Neste momento nada no mundo poderia negar que por mais antagônicos que fossem, superficialmente os protagonistas assemelhavam-se a astros de novelas mexicanas.
- Como assim? Decidiu morrer!?
- Exatamente isto, sem complementos, nem aspas.
...
Antes da porta fechar-se num delirio ludico ainda pode-se ouvir:
- Antes escreverei sobre o mundo!


o narrador suspeita que ele vivera para sempre.

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