понедељак, септембар 26

Os ausentes



(Ao Frei Tito)




Os ausentes necessitam sempre
bilhetes, cartas e coisas
vezes pequenas lembranças
uma gravata, um poema, um postal.


Os ausentes são tão necessitados
que ninguém os lembra
nem só por saudade ou falta.


Os ausentes têm mãos invisíveis
e figura tão diáfana
que os versos para eles
já nascem feitos poemas.


Os ausentes por qualquer acaso
jamais fogem ao nosso convívio
ainda que a distância seja tanta.


Dos ausentes fica sempre um sorriso
como as pinturas recheias
de surpresa, reencontro e irreal.

Roberto Pontes

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