субота, септембар 24

Escorreguei pela cidade com uma languidez peculiar. As espirais do meu cabelo me distraem, mas trazem perguntas muito difícies. Desvio de todas e me concentro nas ovelhinhas enfêrmas. Eu também estou um pouco doente, cada dia mais dores e dores dores. Tento desenterrar forças para resolver uma nova configuração para o velho conflito entre necessidade e vontade. Dionisos ou pulsão de morte, ainda não me resolvi, andam mais fortes que nunca, e flamejam-me. A labareda é inacreditável, não cabe nas margens desse diário terapêutico. Faz calor demais: café gelado. Os arquivos são inconsciente coletivo que sustenta o poder. Penetro-o. Mas já não tenho paciência, e os facinorosos desaparecem pelo sertão. Acometida bruscamente pelo desejo de tomar sorvete, tomar cerveja. Mas devo continuar ainda, mais um onibus. Dessa vez adentro por ruas muito estreita. Aplaudo os pormenores. Hesito. Clas class.desembarco novamente na praça 7. Soprava um vento pesado.Naquela hora a cidade me pareceu bela.Disse em silêncio a todas as pessoas para tomar cuidado comigo.Era mesmo possível que pudesse exercer má influência. Entretive-me consumindo-me. Longas horas...

1 коментар:

Анониман је рекао...

"... cada dia mais dores e dores dores." Bem, o que posso enterder? Não há mais razão nisto do que dizer "estou sonhando" ao estar sonhando, devo apenas aceitar, tuas palavras são inegociáveis. Essa tarde pensei que peito iria explodir, doía muito. Sofro por estar livre, por poder experimentar tudo que é o caso, tudo, que é possibiliade, tudo que não sangra. Mesmo que berrasse, nada me compreenderia, no máximo algo me seria solidário no que sente diante de minha dor. Sofro quando os que amo sofrem, sofro também porque dificilmente lhes digo; igualmente é inegociável. Meus batimentos se alteram toda vez que a leio, o que sinto não é falso, da mesma forma quando uma navalha corta a minha cara. "Você está em minha carne?" Há consequências em admitir a afirmação: possibiliades são barradas e a expectativa de um chamado é o que mais se aproxima do que sobra. É uma doce angústia aceita junto ao ponto pacífico de talvez nunca voltar a estar no rumo de seus olhos...
É díficil aceitar que é hora de terminar uma frase, que em um momento deve-se fechar um texto; se calar sobre o que se pode falar.