понедељак, април 26

Contabilizar perpectivas de quem discursa a respeito da suspensão do tempo...Não me pergutem por ques por que joguei fora ontem a causalidade. Frustação e fruição que caminham cambiam unidas... busca do prazer em tudo, por que tudo deve ser sentido e sentir sempre é prazer...ainda que às vezes mascarado, disfarçado. Cada sensação, ainda que dolorida, é uma extensão do existir. Transbordar de ser. A busca da intensidade dos extremos é vivacidade-plena-suicida.

Súbita, uma angústia...
Ah, que angústia, que náusea do estômago à alma!
Que amigos que tenho tido!
Que vazias de tudo as cidades que tenho percorrido!
Que esterco metafísico os meus prpósitos todos!
Uma angústia,
Uma desconsolação da epiderme da alma,
Um deixar cair os braços ao sol-pôr do esforço...
Renego.
Renego tudo.
Renego mais do que tudo.
Renego a gládio e fim todos os Deuses e a negação deles.
Mas o que é que me falta, que o sinto faltar-me no estômago e na
circulação do sangue?
Que atordoamento vazio me esfalfa no cérebro?

Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Não: vou existir. Arre! Vou existir.
E-xis-tir...
E--xis--tir ...

Álvaro de Campos

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