среда, септембар 12

assisto, na grande cidade, poetas se ocuparem da minha surda vitória. meu semblante derramado não ousa sorrir, apenas gruni, faz passear os olhos, verdes de outros, eróticos, políticos, burgueses. meu segredo serpenteia agudo em busca daquele que saiba extrair, veneno veneno, mais do que meu ontem, canhestro e suado.
quantas existências desregradas habitam-me?
quantos poetas me sangram? por tanto espero, temo, clamo, gozo, rasgo. tão logo tudo ,
nada.
aquele pássaro, que se fia nas asas. e espera, convida, aquece e trai. mas não vai; não sabe, não basta as asas, sagacidade, desejo, gana.
nada basta. enraizado sem raíz, vítima sem algoz, sonho cansado, insone, distópico. ainda caquético, mas belo. profundo. Azul.

não me toque. não sou um traço cúmplice.
implico
cumplico.

1 коментар:

Анониман је рекао...

algures além dela.