Resta o fôlego.
Eu tinha para mim que essa convicção era a passagem para uma segurança, mas saquei, pelo contrário, que ela está no risco do perigo.
Se ao menos eu tivesse o desespero e a certeza de que tudo está errado, que nada leva a nada, e o mundo não passa de uma tautologia cínica.
Ainda, se não me adoecessem o messias do desastre, à proximidade do fim, enérgico e esperançoso, como um dândi apocalíptico, eu blasfemaria. Se ao menos a paixão pelo erro, pelo fracasso, me asfixiasse, me matasse como algum gás letal, força ou convulsão na garganta... o que eu escreveria aqui?
Pos-Scriptum: Mamãe me falava que sentir ao menos é reclamar por mais. Tentava, materna e mandona, calar a minha boca, roubava-me o choro e o seu fôlego - esôfago. Interminável duelo, de mamãe: a sua natureza contra o meu grito. Ou seria só um suspiro - doce e branco, como os da padaria?
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Seus gritos e suspiros podem soar apenas como diferentes intensidades de sentimentos fragilizados e sufocados dentro de você. E ambos são tão grandiosos como a força da esperança-pela-bonança. O chorar pelo desespero é tão equivalente pelo rir pela alegria - embora eu prefira, inesgotavelmente, este último elemento.
Para tanto, precisamos (nós, seres humanos) de fé, para não cairmos no marasmo do morno-vomitado, apático à realidade. Não nos entreguemos (nós, seres humanos) aos gases letais da liturgia sofredora. É hora de erigirmos (nós, seres humanos) um mundo novo, underneath it all. É hora de vestirmos (nós, ser humano) uma nova pele, simbiótica e de movimentos sincrônicos, underneath our clothes.
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