среда, новембар 15

("Resta o Fôlego")

Uma flor por um cigarro? Já me acostumei com essas trocas banais. Um mal esse costume, mas sabe como é, não há menor generosidade nessas pétalas do que nas cinzas que acabaram de cair. Meu mal me quer bem me quer, meu bem me quer meu mal me quer. Um mal por um bem e por aí vai, até inverter. O duelo íntimo do amor em um feito bem mais íntimo do que toda essa inconfissão;

ou o que trago em uma flor de amor é tão mais imprudente e sincero com nossos corpos
quanto forte e maligno com a nossa união?

Juntos juntos, tão mais seguro esse espaço de corpos que não se dão conta...

Mas não é da conta de ninguém, mesmo! Mal me quer bem mal me quer. Mais cigarro para eu continuar isso, quero despedaçar essa droga de Margarida por essa sua cor pelo seu cheiro pela sua fé inócua e infértil.

Mais um cigarro porque é preciso exumar tudo em volta, desde o meu acender de cigarro, notem bem!, ao esquecer do tempo estúpido que brinquei de chorar. Catequizar a promessa de um mal me quer volúvel e solitário. Quero pactuar com os anjos trair o diabo gozar em Cristo e foder muito bem fodido até arregaçar e comprometer ao extremo a carne que demanda e subnutre essa fé apenas para ver se arranco dela algum laço bonito que amarre a minha vida. Te farei um presente.

Que me vale a Merda du Monde? Não não não. Três vezes foi negado. Três vezes será renegado. Repetido? Não não não. Não. Pode contar!

(Cuspo para o alto. Bem alto, para fazer meu escarro voar para onde é preciso, mesmo sem a esperança única de conseguir. Esperança, alguém me lembrou dela? Isso é uma luxúria para mim! Uma grande abertura para o meu riso o meu sexo o meu pouco caso salivar. Não me comprometo com o não. Já insultei a minha Fé e difamei todos os meus Pensamentos com essa água maltratada que saiu da minha boca agora agorinha direta assim num jato. Sobe fezinha, sobe!)

A esperança de quem aguarda um final é inquieta pecaminosa vulgar. Sim, ela não é nada, não. Esperança: um sentimento em desidratação, e nossos dias estão tão quentes, Babe, e nada nos determina tanto quanto o absurdo de toda essa nossa prosa, que, Irmão, não te traz e não me leva a lugar algum.

(Aguardo abaixo do céu o meu cuspe. Ele cai sobre os meus olhos e escorrega molhado e bento, em minha face quase renegada, feito lágrima.)

Por isso, um aviso por um milagre, Camarada: não permita que te sequem a boca! Já vi isso antes, e se gosta de parábolas, no reino dos céus adormece um anjo muito feio e triste que, de tanto fumar e despedaçar Margaridas, teve o seu jardim liquidado. Dizem que foi acidente, um incêndio.

Escute! Os meus conselhos são de...

("Você quer mais um copo?", "Claro!, hoje quero beber a angústia do mundo. Essa puta vadia já foi longe demais. Entorne cerveja nesse meu copo, por favor!"; Copos servidos e corpos a postos, escuto ao meu lado o brado feliz de anjos póstumos "TIM TIM!")

1 коментар:

Анониман је рекао...

A única grande diferença que posso denotar entre a margarida e o cigarro é a sua consumibilidade diante do tempo, prostrado diante de nós. Para começar, um beijo, ele vai para sempre me amar. Toilletes entupidos de pessoas lacrimosas e lágrimas pessoais, dentro de um céu cheio de anjos feios - já que o que me importa é a TERRA, o solo que eu ofereci, o tapete que eu sou para seu delicado mocassim sentimental.

O cigarro é a maior desgraça que o homem inventou, pois nos subjuga a um objeto vulgar e de valor cheapness and beauty. James Dean e toda a sua trupe-jovem-des-viada eram exemplos de grandes homens, másculos e viris por estarem cancerizando suas veias, incinerando os alvéolos das gargantas - que foram tão virginais um dia.

A margarida é a maior desgraça que Deus inventou, pois nos defronta ao dilema da escolha interminável, a indecisão folheada/pautada ao desmantelamento desregrado de suas pétalas brancas cheias do orvalho matinal. Mas Donald Duck sempre se manteve fiel à sua linda e singela Margarida, pois sempre soube deixar íntegra tão bela for, tão doce de ser observada. E é tudo tão simétrico em um mundo que tudo pode ser bem-me-quer e tudo pode ser mal-me-quer.

Mas gosto dos desafios híbridos. Sui gerenis, a priori, de toda excelência sucinta e sincera.

Deixe-me limpar sua cusparada com minha mão que agora está sangrando (não quero e nem posso negar). Não quero perder seu coração, pois NECESSITO de um elemento pecaminosamente vulgar alimentando minhas energias. Espero a esperança, quero que convole a benevolência do esperar.

Te darei um presente. E te quero em um futuro.