петак, август 25

Preciso escrever algo de eminentemente;
uma necessidade que me rasga pelo lado de lá. Não preciso contar-lhe nada. Preciso mesmo e antes inventar uma maneira de você me ouvir.
Ei, presta atenção em mim.
Eu, objeto digno de pesquisa arqueológica e erudita. Mais do que uma antiguidade quantitativa,mais do que um documento de arquivo. Não extraia meu valor do fato de eu ser inserido, mas do fato de representar algo a mais, algo de diverso. Ei,
Vou te contar: da minha cabeça desprende-se elipses negras, e no meu torso, algo tenta aferrar-me enquanto revira, sacode, atira, estripa-me. Jogando.
Já fui de você?
uma vez, agora já não mais.
na verdade tudo procedeu-se de maneira demoníaca. mas você não deve ficar surpreso. Não fica. eu não fico. o mesmo mar e dois sóis. O mesmo sol e muitos horizontes. esse lugar inventado, onde se compartilha apenas o exagero do desencontro, a hipérbole da dessincronia. uma dimensão rarefeita. O foco desta experiência não é mais o instante pontual e inaferrável em fuga ao longo do tempo linear, mas o átimo da decisão autêntica, em que se experimenta não apenas a própria finitude, mas que se projeta além de si no cuidado.Isto não significa que o prazer tenha seu lugar na eternidade.

Нема коментара: