среда, септембар 20

A cortina é púrpura, e uma esperança de brisa vaza por ela. Arde a vida lá fora, num dia infinitamente branco. Eu não quero ir, não quero. Como subsídio à compreensão, interrogou-se pela necessidade de atestados para a vida em dias de calamidade tácita. Um verdadeira mostra de tudo que sinto são os indígenas americanos: aquilo que não pode existir
senão deste modo. Enganam-se aqueles que pensam por isso surgir um discurso de caprichos e futilidades. Apenas indico.
Uma fina camada de poeira cobre todo assoalho. Uma espécie de epiderme, cuidadosamente tratada, a fim de proteger os mais frágeis das alterações prodigiosas do devir. è estranho pra você também, isso de perceber que não mais importa?
A cama desarrumada há dias. Roupas e livros formam um conjunto belo de tão desarmônico. O que pode por as coisas em seu lugar? Precisa-se de uma faxineira. Uma faxina que ultrapasse o ôntico. Uma faxina fenomenológica.
Tenho metros e metros de papel-bolha. Estourá-las têm sido a coisa mais útil dos ultimos dias.Pensando bem,
é uma coisa meio estúpida isso de não saber a diferença entre o estranho e o familiar. Na verdade é a estúpidez de uma época, da mesma natureza dessa bobagem que é sentir saudade
que nunca existiu, Quanto pode valer uma hora do meu dia? Como sou livre, defino eu mesmo minha mais-valia. Contabilizo, e espero. Sou um produto que peca na relação custo-benefício.
Espanca quem quer levar.

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