aquela dor não é ferida que se mostra, que se cura, que se preocupe; nego a ela o desejo do seu espetáculo. escondo. faço isso. não não não.
não.
recuso a medicina que ansia sedativa tratá-la da mesma forma, sob a mesma ferida, onde a vejo, ali sangrada. dói. e dói, pelas mãos de quem não a fez. e dói. loucamente sangra.
mãos perdidas.
mãos? mãos? de onde as mãos? de quem as mãos?
não concluo minha dor. as maõs não me apresentam uma sentença para acalmá-la, curá-la. mãos?
mãos?!
sempre uma mão para tratá-la. mãos? e cicatriza?
que me é doido de uma dor que não se imagina, que foge ao toque. quem tem a cura? para quê? de quem são as mãos? me fazem a cura? me cura e cura?
e essa cura sobre o não-sangrado? o exame que busca o sangue: sangue? onde sangra? que mãos me sangram? por que me sangra?
olham o meu sangue!! sangue? isso é sangue? não... eu que me esvaio, me diluo, me sangro, mas aonde sangra? ainda sangra? mãos? quem tem a cura?
"sim...", diz-me lá, "o sangue é verdadeiro. é vermelho. é corrido. e eu curo."
digo (com poros já melados): " e esse comprometimento com o inverídico?"; quem me diz, sobre aquela história sobre o nunca visto? sangue? quem o quer? me apresente! o meu sangue vermelho que nunca coagulou, que resiste, que fecha, que sobe à cabeça e não passa, a despeito do meu corpo, do vermelho, que extravia a maldita cicatriz?! ah...! a cicatriz, ela prova, ela condena e me empurra o seu olho suas mãos. o seu sangue? para o sangue. da morte? do sangue?
não carrego marcas, quem me põe marcas? não suporto as dores que pesam. quem me dói? quem me pesa? quem me sangra? e quase sangra, e quase fere, e ainda escorre e machuca, e machuca, e pesa, quase mata, mas não mata, quase mata!, e sangra, já vermelho, quase sangra!; mas não-vermelho, sem a cor, fulminante incolor, facilmente limpo.
me pegam o papel, me passam o papel, me tampam com papel. quem traz o papel?
me escondem a ferida de algo que ainda se faria doer de corte, de sangrar, de acabar invisível, vermelho, morto, melado cerrado fechado selado calado final.
уторак, јун 6
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3 коментара:
je t'aime, moi non plus!!!!!!!!!!!!
da diáspora do ciclo menstrual: não confie em nada que sangra por 5 dias e não morre.
da porra que te mela. me mela. e não cria.
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