понедељак, април 24

Todas as palavras me escapam.
Todos sairam de férias
Todas as luas se foram
E as crianças dormem pra sempre
Só sei do meu desencontro
de mim para com o mundo
de mim para com os deuses, que abandonei antes do tempo
de mim para com meu tempo
de meu tempo para com meu espaço
de meus desejos para com meus cansaços
de meus reflexos para com meus reflexos,
e de todo o nada que sobra deles,
que é tudo que não se reduz a eles
e que persiste, insiste, dura e grita o esboço das palavras que já não me querem.
Aquela ruína de pé,gentalha que rebola, que rebola e fede,
lembra orgulhosa das coisas que poderiam ter sido diferentes
e é tão mais bela que a calculadora empenhada, símbolo infesto,
numa mesa de bar.


Choco-me contra o espelho, e o despedaçar nao produz nada além de um belo espetáculo

1 коментар:

Анониман је рекао...

raina dos cachos adoro você que além de ser demais,madrugas escrevendo coisas assim...beijo