недеља, март 27

Frio, expatriado, cego, permanentemente em luto.Condenado por desamor a vagar pela rua, no meio da margem. Condena-lo a vê-las, todas elas. Todos os dias.
As mãos dos anjos não me consolam. Abismo raso, sem perdão.
Saio. Procuro por elas. Enfureço-me. Falo, discurso, quase desculpo-me. Ele não se levanta mais. Agora, sou apenas um escroto deprimido.
Berro solitário. Não há nem eco.
Eu sei que essa noite lentamente agoniza, como eu. Apenas mais um, transfigurado, transformado, retorcido, estuprado, pasteurizado, processado, industrializado, embalado e finalmente, congelado em pequenos pedaços para que em doses homeopáticas me torne vivo.

Нема коментара: